Há três anos, caí na área de Comunicação Organizacional e Novas Tecnologias. Em 2008, conclui pós-graduação em Comunicação Política e Imagem. Agora, em 2010, vejo com um sorriso no rosto a junção desses campos todos.
Um exemplo de boa prática (provavelmente o melhor) é visto por muitos como cômico: o ex-governador do Paraná e candidato a senador Roberto Requião. Acredite: @requiaopmdb dá um show no Twitter. Ele ataca, defende, faz piada e utiliza a Twittcam para promover bate-papos (com audiência de até milhares de usuários) e disponibiliza vídeos de campanha neste link.
Auxiliado por seus assessores, o candidato produz seu próprio conteúdo e não se esconde atrás de ghostwriters. Aliás, um grande erro é entregar as mídias sociais a “terceiros”. Seja por desconhecimento ou preguiça, muitos deixam assessores (de imprensa ou campanha) manter inteiramente essas ferramentas, perdendo a pessoalidade e a credibilidade exigida em uma rede social.
Isso gera, ainda, outro risco: o político não sabe o que o público da web (de formadores de opinião a piás de prédio) diz a seu respeito. Por mais que um assessor domine as principais ferramentas de monitoramento online, o acompanhamento fica comprometido. Afinal, ao dar a cara a tapa, em qualquer rede social (online ou pessoal), é possível ganhar em:
- Relacionamento: estabelecendo novos contatos;
- Divulgação: mostrando e defendendo sua marca (pessoal ou organizacional), projeto, organização ou produto;
- Colaboração: interagindo e trocando conhecimento.
A propósito, uma prova dessa efetividade ocorreu recentemente. Após uma “troca de gentilezas” no aeroporto de Campo Mourão, interior do Paraná, o candidato a deputado federal Rubens Bueno teria dado um soco na cara de Requião. Na cobertura da imprensa, destaco links de notícias dos seguintes sites: Gazeta do Povo, Veja, Portal Terra.
Perceba que as duas versões da história foram expostas da seguinte forma: de Bueno, por meio de entrevistas aos repórteres, e do candidato ao Senado, que no Twitter deu sua versão dos fatos e no Twitvid postou dois vídeos, intitulados Gata no Cio e Passo a cinta no moleque.
Apesar do escracho do episódio, fica comprovado o potencial dessas mídias na comunicação política. Melhor ainda, isso mostra que é possível apresentar ideias, projetos e puxar parte da opinião pública a seu favor por meio das tais novas tecnologias.